Por Paula Diogo   21 de dezembro de 2023

De maneira geral, as velas aromáticas são produzidas a partir de uma mistura de ingredientes específicos que incluem cera ou parafina, óleos essenciais ou essências sintéticas, e pavios. Ao compreender a influência de cada ingrediente, possibilita-se fazer escolhas conscientes ao adquirir ou produzir velas aromáticas. A valorização das nuances por trás desses ingredientes não apenas enriquece a experiência do cliente, mas também contribui para ressaltar a verdadeira arte da fabricação de velas. Na VOILIER, por exemplo, optarmos por não utilizar parafina em nossas criações. Em vez disso, incorporamos um blend exclusivo de ceras e óleos vegetais, não apenas garantindo qualidade, mas também priorizando a sustentabilidade em cada chama que acendemos.

 

 

Vamos agora explorar em detalhes os componentes que constituem uma vela aromática, destacando a composição de cada um deles. Dentre todos os ingredientes, a cera destaca-se como protagonista fundamental na jornada da fabricação de velas.  Como mencionado anteriormente, a diversidade de opções desse insumo oferece aos fabricantes a liberdade de escolha individual. Ao longo da história e até os dias atuais, testemunhamos a utilização de uma ampla variedade de ceras na confecção de velas, cada uma delas carregando consigo características únicas. Essa gama de opções permite que os artesãos e fabricantes explorem e escolham a cera mais adequada para expressar sua visão e alcançar o resultado desejado. Vamos agora explorar algumas das ceras mais proeminentes disponíveis no mercado hoje em dia:

  • Parafina: É uma cera mineral derivada do petróleo e comumente encontrada com aparência de cera sólida branca, sem odor, sem sabor.
  • Cera de soja:  A cera de soja é uma cera vegetal que provem dos grãos de soja (Glycine max). O óleo é extraído e posteriormente hidrogenado de modo que seja sólido à temperatura ambiente. 
  • Cera de abelha: uma opção natural, a cera de abelha é produzida pelas abelhas. Ela possui propriedades purificadoras do ar, mas pode ter um aroma natural de mel.
  • Cera de palma: A cera de palma é extraída da camada branca que cobre o tronco da palmeira. É encontrada na região dos Andes e no nordeste brasileiro.
  • Cera de carnaúba: A cera de carnaúba é um produto natural com um ponto de fusão muito maior do que outras ceras (78 graus Celsius). É extremamente dura e, por isso, é ideal para criar coberturas extremamente fortes para pisos, automóveis, entre outros. A carnaúba é uma árvore típica do nordeste brasileiro, também conhecida como “árvore-da-vida”.
  • Cera de candelila: A cera de candelila é uma cera vegetal obtida a partir das folhas da planta de candelila (Euphorbia cerifera). Esta planta perene cresce em regiões desérticas, principalmente no norte do México e em algumas partes do sudoeste dos Estados Unidos. A cera de candelila é usada para engrossar e endurecer as receitas. É muito vista em bálsamos, batons, pomadas e pode ser misturada com a cera de abelha para dar mais cremosidade.
  1. Óleos Essenciais ou Essências sintéticas:

  2. Esse é um tópico que merece um post a parte, pois explorar o tema das fragrâncias sintéticas x óleos essenciais muitas vezes gera discussões intensas e opiniões variadas. Enquanto preparo o conteúdo completo, gostaria de oferecer uma breve visão sobre cada aspecto de maneira resumida:

  • Óleos essenciais: ao buscar uma opção mais natural, muitas velas aromáticas usam óleos essenciais extraídos de plantas. Esses óleos proporcionam aromas puros e terapêuticos.

 

  • Fragrâncias sintéticas: para uma gama mais ampla de opções de aromas, algumas velas utilizam fragrâncias sintéticas. Essas fragrâncias são muitas vezes criadas em laboratório e podem imitar uma variedade de cheiros, desde florais até frutados.
  1. Pavios:

  2. Os pavios, elementos fundamentais na fabricação de velas, podem ser confeccionados tanto com algodão quanto com materiais mais sintéticos. Adicionalmente, existe a alternativa de pavios com núcleo, sendo o fio de cobre o mais comum. O propósito desse núcleo é conferir maior rigidez ao pavio. Eles são mergulhados na mistura de cera e depois posicionados no centro da vela. Além de serem a fonte de ignição, os pavios também afetam a forma como a vela queima.

 

  1. Sobre o processo de fabricação das velas:

  2. O processo de fabricação envolve o derretimento da cera, a adição de fragrâncias ou óleos essenciais, o despejo da mistura na forma da vela e a inserção do pavio. Depois que a cera se solidifica, a vela está pronta para uso.
  3. Ao escolher velas aromáticas, muitas pessoas consideram não apenas o aroma desejado, mas também fatores como a origem dos ingredientes, o tipo de cera e o impacto ambiental. Essas considerações garantem que a experiência de usar velas aromáticas seja não apenas prazerosa, mas também alinhada com valores pessoais. Aqui na Voilier optamos por NÃO UTILIZAR A PARAFINA E NEM O FIO DE COBRE NO NÚCLEO DO PAVIO.